sexta-feira, 5 de junho de 2009

Dia do Meio Ambiente. Só precisamos de mais um.

Mais um ano e alguns progressos. Sim, houve progresso. Houve mais discussão, mais matérias na TV, mais críticas a quem joga o lixo na rua e contribui para alagamentos, mais gente colocando lixeira extra em casa e separando lixo seco, menos gente lavando calçada e mais gente tomando banho mais rápido. Houve sim mais adeptos à causa ambiental, aqueles que levam suas sacolas de pano pro supermercado, aqueles supermercados que oferecem caixas de papelão para seus clientes e deixam de usar bandejinhas para colocar legumes, carnes, presunto e queijo. Houve quem desenvolveu desconfiômetro e parou de ir à padaria da esquina de carro. Houve a Hora do Planeta, gente apagando a luz, governos atendendo a pedidos, monumentos no escuro. Houve música, houve orquestra, houve arrepio ao se perceber qualquer mudança.
O meio ambiente virou tema de mobilização, virou tema de indignação, de protestos e palestras, tema de mesa de bar e hora do almoço.
Daqui a um tempo, ninguém vai saber ao certo de onde veio sua conscientização. Porque a mudança no pensamento ocorre aos pouquinhos, bem progressivamente, em marcha lenta. Parece estalo, mas raramente é. Sorte é que ocorre. É a sorte de todos nós e do planeta. Daqui a pouco, de um em um, a consciência vai ser geral e poderemos comemorar os progressos.

Que nos inspire a lógica social desse vídeo: só precisamos que alguns tomem frente. Se agora somos os caras solitários que dançam na grama sozinhos, teremos em breve o prazer de comemorar com aplausos também solitários, que só nós entenderemos o valor, a massa que nos acompanha. Foi difícil, mas conseguimos.



domingo, 24 de maio de 2009

Recomeços

Recomeçar, quando a coisa parece poder seguir melhor do que se encontra, é a atitude mais proativa que se pode ter. E recomeçar é o que estamos fazendo agora.
Diante da conclusão de que o convencer através do puxão de orelha "Peguei você!" não é o mais propício, reformulamos nossa ação em alguns pontos e fazemos agora a segunda chamada: participem, sejam pegadores também!
A intenção é envolver todos os flagrados em uma ação de conscientização que não vai mais ser somente um cartão, enviado via correio, incentivando-o a ter mais consciência sobre o uso da água. Agora faremos um trabalho mais extenso de conscientização. Teremos um email para contactar o flagrado, teremos um blog com mais informações técnicas sobre o uso da água, teremos o twitter para avisar aos seguidores sempre que houver um novo flagra ou uma novidade, como uma publicação na imprensa. 
Façam suas apostas, saquem suas máquinas fotográficas, estejam munidos com seus blocos. É preciso "pegar" de uma vez por todas quem não tem consciência sobre ser fundamental economizar água. 


sexta-feira, 1 de maio de 2009

Reflexões sobre a mudança

Há quase um ano sem postagens, hoje retomamos à virtualidade blogspot. Não que nosso projeto ou nossa luta pela causa ambiental tenha ficado "em espera". Muito pelo contrário. Vivemos novas experiências, proporcionamos outras discussões, investimos em outros aspectos da conscientização ambiental. Mas o "Peguei Você" é ainda a menina dos olhos e sobre esse projeto refletimos muito durante esse um ano de afastamento. 

Nossa causa é simples: mostrar às pessoas que a água é um recurso escasso e que devemos poupá-la o máximo possível. Ao presenciarmos o desperdício em uma cena pública, como a lavação de calçadas, nos posicionamos contrários a isso e cobramos da pessoa flagrada uma postura mais consciente. Porém, como possivelmente já era esperado, a resposta das pessoas flagradas não foi a mais positiva e aberta à mudança. Claro que receber uma bronca via correio não é algo agradável. Não era isso que esperávamos mesmo. Mas uma mudança progressiva nós realmente acreditávamos ser possível e infelizmente isso não foi observado...

Acompanhamos por alguns meses uma boa amostra das residências flagradas e não percebemos qualquer mudança. Lá estavam os mesmos atores regando suas calçadas com água de forma descontraída, desinibida, sem qualquer receio sobre ser essa uma ação de agressão ao meio ambiente. 

Onde está o furo da campanha? Onde está a falha do ato de conscientização? Se não é por bem (matérias bem feitas no Fantástico ou no Jornal Nacional) ou por mal (broncas via correio), qual o caminho para a conscientização?

Foi com essas perguntas em mente que passamos esses meses de afastamento virtual e do projeto "Peguei Você". E as respostas estão começando a chegar, felizmente. Antes que o post "O caminho para a mudança" seja lançado, deixo as perguntas que tanto nos cobraram resposta para reflexão.